Um desafio interessante: seguros para plataformas e produtoras internacionais de audiovisual
- Riskmedia
- Jan 25, 2021
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Após a guerra do streaming em 2019 e a pandemia de Covid-19 em 2020, os cinemas foram cada vez mais afetados e a indústria do entretenimento deu um salto significativo em direção às plataformas digitais.
A cada dia, o espectador encontra novas propostas para assistir a séries ou filmes desde a sua casa e a competição entre as plataformas fica mais evidente; mas o panorama no mundo dos seguros é totalmente diferente. Com a pandemia Covid-19, grandes seguradoras mundiais especializadas em entretenimento pagarão milhões de dólares em sinistros devido a despesas com a interrupção das filmagens e, além disso, produziu-se um enorme défice económico durante os meses em que não tiveram qualquer tipo de receita com a paralisação desta atividade. Isso levou muitas seguradoras a decidirem pelo fecho da sua área de subscrição de entretenimento e a oferta desses produtos tornou-se ainda mais escassa e com maiores restrições.
O desafio que os corretores ou agentes de seguros apresentam hoje para oferecer aos seus clientes um produto competitivo e interessante é cada vez mais complexo. No grupo Riskmedia acreditamos ter a resposta para uma questão crucial: como conseguir uma cobertura de seguro audiovisual completa para médias e grandes plataformas ou para produtoras com presença em diferentes países e a um custo competitivo?
Do nosso ponto de vista, na maioria dos casos, a melhor alternativa é a criação de um programa internacional liderado e administrado por profissionais com experiência na indústria audiovisual. É fundamental que tanto o desenvolvimento do programa quanto sua execução e monitoramento tenham corretores e seguradoras que conheçam os riscos do entretenimento ou, caso contrário, o que parece uma solução perfeita pode virar uma dor de cabeça.
Vantagens de um programa internacional:
Custos mais competitivos.
Maior âmbito das coberturas.
Eliminação da eventual duplicação de seguros.
Melhoria do controle e conhecimento da empresa-mãe de todos os seus seguros.
Uma solução integrada e a menor custo para assuntos ou projectos em que intervenham vários países.
Concentração num só Broker da gestão e assistência, sendo a negociação e tomada de decisões da competência exclusiva da empresa-mãe.
Desvantagens de um programa internacional:
Lentidão em alguns processos que requerem aprovação da empresa-mãe.
Maior tempo de espera na obtenção dos termos para um programa internacional do que para um projecto isolado.
Em algumas situações, os responsáveis de seguros em cada país devem estar capacitados para dominar alguns termos técnicos e condições não usuais.
Obriga o Broker desse programa a estar permanentemente atualizado quanto ás regulamentações especificas dos países onde opera o cliente.
Como funciona
Para ter um programa de acordo com a legislação e normas de cada País, a melhor solução é a emissão de apólices individuais com pagamento de prémio e impostos locais no respectivo local. Além disso, as apólices emitidas em cada país devem ser combinadas com a apólice “master” emitida pela empresa-mãe através da cobertura DIC / DIL (Diferença de condições / Diferença de Limites). Desta forma, cada subsidiária estará segurada com a cobertura fornecida localmente e, caso algum sinistro não possa ser coberto pela apólice local por falta de cobertura ou limite insuficiente dado naquele país, poderá ser coberto pela apólice “master ” da empresa-mãe.
É crucial ter uma apólice local em cada país, pois, além de não infringir as leis de seguros locais, facilita procedimentos diários como certificados ou liquidações de sinistros de acordo com as regulamentações e jurisdições de cada local.
Recomendações finais
É imprescindível que o corretor ou agente de seguros tenham uma rede internacional de representantes ou sócios locais que possam gerir e administrar a apólice de cada país e simultaneamente possam interagir entre os diversos países no caso de se ter que acionar a cobertura DIC / DIL. ou no caso em que exista o mesmo projeto em vários países.
Da mesma forma, tanto o Broker quanto a seguradora devem ter experiência neste tipo de programas de seguros e na atividade audiovisual. É muito habitual que esse tipo de programas de seguros requeira a emissão de certificados de cobertura nos fins de semana ou em horários atípicos e que a análise de risco para cenários específicos ou determinados locais exijam cláusulas ou avisos prévios às seguradoras.
Caso o Broker originador do negócio não possua esta rede e conhecimentos específicos, arranjar uma solução de cobertura em cima da hora pode ser perigoso e pode expor o cliente a riscos para os quais não terá cobertura em algum território. O grupo Riskmedia oferece, para além de escritórios próprios, uma rede internacional de corretores especializados na área audiovisual (Media Insurance Network (MIN) com quem já trabalha com processos e serviços standard.
Outro ponto fundamental a se levar em consideração é que a seguradora selecionada pela empresa-mãe realizar o programa de seguros deve ter escritórios ou convénios com seguradoras “parceiras” em cada um dos países onde a apólice local deve ser emitida. O agente de seguros deve ter comunicação fluida tanto com o subscritor como com o cliente em cada um dos países.
É por tudo isto que integrar o conhecimento da indústria audiovisual, a par da experiência em seguros internacionais para este tipo de actividade, é um desafio interessante e que poucos estão preparados para o realizar.
Contacte um consultor Riskmedia no seu país para saber mais:

Artigo elaborado por Diana Salazar, responsável de Riskmedia para Argentina e LATAM.
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